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Decisão do STJ e o Risco de Perda de Imóveis por Dívidas de Proprietários Anteriores

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Imóvel dívidas

Uma recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem gerado discussões no meio jurídico e preocupações no setor imobiliário.

O tribunal determinou que imóveis adquiridos por novos proprietários podem ser confiscados pela Fazenda Nacional para quitar dívidas tributárias de antigos donos, mesmo que não haja registro de penhora ou outro impedimento no momento da compra.

Entenda o Caso:

O STJ avaliou a situação de um indivíduo que comprou um imóvel de um terceiro. Antes da aquisição, o comprador verificou que não havia registros de penhora ou outros impedimentos. No entanto, descobriu-se posteriormente que a construtora, primeira proprietária do imóvel, possuía débitos tributários inscritos na dívida ativa antes da primeira venda. Mesmo com a verificação prévia, a Fazenda Nacional optou por cobrar o valor devido.

A defesa do comprador argumentou que todas as verificações necessárias foram realizadas, descartando qualquer má-fé na transação. Contudo, a Primeira Turma do STJ entendeu que, com base na Lei Complementar 118/2005, que alterou o Código Tributário Nacional, as vendas de bens de devedores realizadas após a inscrição do débito tributário na dívida ativa são consideradas fraudulentas, a menos que haja reserva de valor suficiente para quitar a dívida.

Implicações e Alertas:

Entretanto, essa decisão pode trazer um enorme risco para o comprador. Isso porque, mesmo que um imóvel tenha sido adquirido há anos, e tenha passado por diversos proprietários, se qualquer um deles possuir dívidas com a União ou o Estado, o atual proprietário pode perder o bem. Esta sentença pode afetar transações realizadas nos últimos 18 anos.

Outro ponto de atenção é a eficiência de órgãos estatais na consulta de matrículas de imóveis e dívidas associadas. A o comprador não faça uma busca  em todas as 27 unidades federativas, o risco de confisco persiste.

Além disso, a necessidade de documentação mais robusta para garantir a segurança da transação pode acarretar mais custos e tempo para os envolvidos.

Portanto, a decisão do STJ traz à tona a importância de uma análise jurídica detalhada antes da aquisição de imóveis. A complexidade do sistema tributário brasileiro e as implicações legais reforçam a necessidade de cautela e assessoria jurídica especializada para garantir transações seguras e protegidas.

Caso tenha ficado alguma dúvida, entre em contato conosco. Temos uma equipe de advogados especialistas preparados para lhe ajudar.

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